Naturatins e Instituto Araguaia apresentam pesquisa sobre Ariranhas no Cantão

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Com o propósito de apresentar as ações realizadas pela Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas, o Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins promoveu nesta quarta-feira, 18, uma apresentação aos servidores do trabalho de Proteção e Monitoramento da Ariranha (Pteronura brasiliensise) realizado no PEC - Parque Estadual do Cantão. O trabalho de pesquisa é resultado do termo de cooperação firmado com o Instituto Araguaia no começo deste ano.

Na abertura da palestra foi exibido um filme produzido pela ONG sobre a fauna e flora presente no Parque, região que abriga dois importantes biomas, o Cerrado e a Amazônia. O destaque foi para a importância da Ariranha na proteção da biodiversidade, uma vez que o mamífero é uma das espécies mais ameaçadas da América do Sul.

A palestra foi aberta pelo presidente do Naturatins, Alexandre Tadeu de Moraes Rodrigues onde destacou a parceria com ONG na proteção e monitoramento do parque, frisando ainda que o vídeo produzido é um importante instrumento para apresentar a outras entidades ou possíveis parceiros sobre o trabalho que é realizado nessa Unidade de Conservação.

Um dos responsáveis pela Ong, George Georgiadis, explicou a importância do Parque para os ecossistemas dos biomas Amazônico e Cerrado e também a importância da Ariranha para a proteção de outras espécies no Parque. “Ariranha é um indicador natural, pois se houver alguma degradação feita pelo homem como, por exemplo, uma diminuição dos peixes a população da espécie irá diminuir também”, disse.

Outro ponto apresentado pelo palestrante foi a fiscalização da pesca predatória, principalmente do pirarucu. Ele destacou a parceira entre o Naturatins que sinalizou todo o Parque com placas educativas e de advertência com intuito de informar aos visitantes as normas para evitar possíveis crimes ambientais dentro da Unidade.

Georgiadis lembrou ainda que um dos destaques para a conservação da Biodiversidade no Parque foi o Projeto Quelônios que ajuda a monitorar e preservar as tartarugas daquela região. “Foi perceptível o aumento da população dos quelônios, mas nem por isso devemos nos acomodar, pois temos que trabalhar para que outras espécies sejam monitoradas e preservadas também”, disse.

Conforme estudos realizados e expostos, o PEC detém cerca de 40 espécies de mamíferos, 316 de aves, 22 de répteis, 17 de anfíbios, 56 espécies de peixes e 134 espécies de plantas vasculares. Outras 53 espécies de aves e seis de mamíferos foram registradas no entorno do PEC, porém não exatamente em seu interior.

As populações de espécies ameaçadas de extinção como a onça-pintada (Panthera onca), a ariranha (Pteronura brasiliensis), o jacu-de-barriga-castanha (Penelope ochrogaster) e o pirarucu (Arapaima gigas), consistem em espécies valorosas para a biodiversidade do PEC.

Para encerrar, o vice-presidente Rômulo Mascarenhas reforçou a parceria e disse que a ideia é sim abrir o parque, mas para o ecoturismo e pesquisa o que também indiretamente ajuda a monitorar e fiscalizar a Unidade e seu entorno.

Parceria

A parceria entre o Naturatins e Instituto Araguaia tem como objetivo unir esforços para elaboração e o desenvolvimento de projetos e atividades relativas à preservação e conservação dos processos ecológicos do Parque e seu entorno.